quarta-feira, 5 de junho de 2013

Comissão da Verdade




Comissão Nacional da Verdade analisa casos de 44 'suicidados' pela ditadura.

 

Valdir Fraga Junior Amanhã é 24 de maio se vivesse mil anos não esqueceria está data, que fui sequestrado e torturado!
 
Mario Fernandes Fernandes Apresento aqui minha solidariedade ao Grande Valdir.Sua luta, sua dor, seu exemplo.Lamento que os autores deste teu sofrimento até hoje estejam livres e até recebendo polpudas aposentadorias e tem como exemplo o safado do Ustra posando de heroi que defendeu o Brasil.Um dia os brasileiros saberão que Valdir foi um heroi e estes patifes que ainda conspiram nos Clubes Militares foram os vilões terroristas que mataram, torturam e roubaram na Ditadura Militar.
 
Valdir Fraga Junior LINOTIPISTA FOI CONDUZIDO PRESO PARA A ILHA DAS FLORES

O advogado Jansen Machado deu entrada, ontem, do pedido de habes-corpus no Superior Tribunal Militar, em favor do linotipista Valdir Fraga Junior, que foi preso no dia 24 de maio último, cerca das
14 horas, ao sair de sua residência, na rua Paranaí, 74 – Realengo sendo levado para o 1º Batalhão de Polícia do Exército, dias depois, para Ilha das Flores, onde se encontra.
Afirma o advogado que embora a prisão tenha sido efetuada há mais de um mês até esta data não foi comunicada as autoridades judiciárias competentes, o que fere frontalmente dispositivos Constitucionais e legais, e aponta como autoridades coatoras o comandante do 1º Distrito Naval e requer a liberdade do paciente em caso do indeferimento, seja comunicada a prisão a autoridade competente.

Quinta-feira, 13 de julho de 1972 – TRIBUNA DA IMPRENSA
 
Patricia Novas Valdir querido é uma benção que o passado acaba e não podemos viver nele........ Creio que os imbecis que fizeram isso a vc irão pagar, se não na justiça presente irão pagar pela justiça da consciencia...... Dessa nunca poderão escapar, pois temos ao nosso redor aquilo que atraímos e com toda certeza eles só atraem dor e desespero........ Vc é um sobrevivente amor tenha sempre orgulho disto! Bjusv
 
 
 
 
 
Valdir Fraga Junior - Marcela Pety - A comunidade judaica sobreviveu graça a insistência em jamais esquecer o holocausto e outras atrocidades sofridas devido ä perseguição sofrida pelos judeus por parte de Hitler. Eles sempre lembram para nunca esquecer. E isso aí Valdir Fraga Junior. Perseguido, acuado, torturado sempre atuante e defendendo a causa democrática. Até em Itapemirim teve autoridade que tentou humilhá-lo mando que o delegado o prendesse por incitar alguns jovens que vaiaram uma ex prefeita. Nunca demonstrou medo. Continuou a luta e teve uma contribuição na derrota do maior perseguidor do E.Santo, do grande ditador e deputado por todos conhecidos. 24 de Maio é para sempre ser lembrado para nunca ser esquecido. É como se fosse sua data de nascimento. O nascimento de um homem que com sofrimento ajudou a que hoje tenhamos uma verdadeira democracia. Como ele mesmo costuma dizer: Marui é pequenininho mas incomoda muita gente. LEMBRAR PARA NÃO ESQUECER. Parabéns Valdir Fraga Junior
 
 
Valdir Fraga Junior Marcela Pety, agradeço seus elogios apesar de não conhecê-la nem você fazer parte de meus amigos no face.( Para os demais amigos, para não deixar nenhuma dúvida esclareço que esse comentário está num grupo da comunidade local). Voltando Marcela, delegado de mando a serviço descaradamente dos poderosos, intimidadores existem em todo lugar! No nosso estado eles fazem a festa! Estamos aí na luta, não temos mais idade de termos medo de bicho papão!
 
Gabriela C Fraga "24 de Maio é para sempre ser lembrado para nunca ser esquecido. É como se fosse sua data de nascimento. O nascimento de um homem que com sofrimento ajudou a que hoje tenhamos uma verdadeira democracia." \o/\o/\o/
 
Mario Fernandes Fernandes Por causa de Valdir temos hoje uma democracia no Brasil!!
 
 
 

 


7 comentários:

  1. Ana Arraes
    • " No momento em que estava escrevendo esse depoimento, me veio à cabeça um texto que li, também no famoso ano de 1968, no curso de literatura que fazia na Aliança Francesa de Recife. Esse texto, que muito me mobilizou tem o título de J’Accuse, em português, Eu Acuso. Em carta endereçada ao Presidente da República Francesa, escrita m 1898, o escritor francês Emil e Zola fazia uma defesa pública de Alfred Dreyfus, preso e condenado à morte por conta de uma falsidade e de um grave erro judicial. Começando todas as frases da carta com a expressão Eu Acuso, aquele documento produziu um enorme impacto na sociedade francesa. Obviamente sem a pretensão literária de Zola, mas esperando que os trabalhos da Comissão da Verdade produzam também impacto forte na sociedade brasileira, eu finalizo esse meu depoimento, fazendo uma espécie de plágio ao texto do famoso escritor francês.

    Eu acuso todos os torturadores, civis e militares, inclusive aqueles que diziam e continuam dizendo que estavam apenas cumprindo ordens dos seus superiores.

    Eu acuso os altos oficiais e comandantes do Exército brasileiro que, em visitas oficiais ao DOI CODI, entravam nas nossas celas e faziam gracejos com as nossas torturas. Em uma dessas visitas, um desses oficiais, colocou seu acompanhante, um cão pastor, para lamber minhas feridas.

    ResponderExcluir
  2. Eu acuso quem, durante a minha primeira sessão de tortura, me deu uma injeção na veia, dizendo ser o tal “soro da verdade”.

    Eu acuso o major da Polícia Militar Riscala Corbaje, conhecido como doutor Nagib, que ao perceber que o tal soro da verdade não havia produzido o efeito esperado, me levou para uma pequena sala, me deitou no chão, subiu nas minhas costas, começou a pisotear e me bater com um cassetete, dizendo, aos gritos, que ia me socar até a morte. O seu descontrole foi tamanho e seus gritos tão estridentes que os outros torturadores entraram na sala e arrancaram ele de cima de mim.

    Eu acuso o major do Exército João Câmara Gomes Carneiro, conhecido como Magafa, que em uma daquelas noites, dias depois que eu havia saído do soro, me deixou durante algumas horas, em pé, com um capuz na cabeça e os fios amarrados nos meus dedos. De tempos em tempos ele cochichava nos meus ouvidos que eu tivesse “um pouco de paciência” porque e le estava muito ocupado, mas que “a sessão dos choques elétricos iria começar a qualquer momento”. Para mim aquele foi um tempo quase infinito. A despeito de ser aquela uma noite muito fria, quando voltei para a cela, minha roupa estava totalmente molhada, colada no corpo, de tanto que eu havia transpirado de medo.

    ResponderExcluir
  3. Eu acuso o médico Amilcar Lobo que fez uso dos seus conhecimentos médicos para auxiliar no esquema da tortura. Um dia, diante do nosso clamor para que ele tentasse impedir que Maria do Carmo Menezes, grávida de cinco meses, continuasse sendo torturada, ele nos respondeu: “comunista não pode engravidar”.

    Eu acuso o cabo Gil, um dos responsáveis pela infraestrutura do quartel da PE. O seu sadismo era sem fim. Lembro até hoje do barulho forte das chaves quando ele abria a porta da nossa cela com o capuz na mão. Propositalmente, ele demorava um tempo e, como se tivesse fazendo um sorteio, dizia: “acho que agora é sua vez”. Descer as escadas de olhos vedados, guiadas por ele, era um horror. Sempre inventava mais um degrau ou colocava o pé para nós tropeçarmos.

    Eu acuso o agente da Polícia Federal Luiz Timóteo de Lima, conhecido como Padre, que me deu muito choque elétrico.

    Eu acuso o coronel da reserva Paulo Malhães que em recente entrevista ao jornal O GLOBO, no dia 26 de junho de 2012, afirmou que em 1970, trouxe do rio Araguaia cinco jacarés e levou para quartel da PE na rua Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro, para atemorizar os presos políticos.

    ResponderExcluir
  4. Eu acuso o médico Amilcar Lobo que fez uso dos seus conhecimentos médicos para auxiliar no esquema da tortura. Um dia, diante do nosso clamor para que ele tentasse impedir que Maria do Carmo Menezes, grávida de cinco meses, continuasse sendo torturada, ele nos respondeu: “comunista não pode engravidar”.

    Eu acuso o cabo Gil, um dos responsáveis pela infraestrutura do quartel da PE. O seu sadismo era sem fim. Lembro até hoje do barulho forte das chaves quando ele abria a porta da nossa cela com o capuz na mão. Propositalmente, ele demorava um tempo e, como se tivesse fazendo um sorteio, dizia: “acho que agora é sua vez”. Descer as escadas de olhos vedados, guiadas por ele, era um horror. Sempre inventava mais um degrau ou colocava o pé para nós tropeçarmos.

    Eu acuso o agente da Polícia Federal Luiz Timóteo de Lima, conhecido como Padre, que me deu muito choque elétrico.

    Eu acuso o coronel da reserva Paulo Malhães que em recente entrevista ao jornal O GLOBO, no dia 26 de junho de 2012, afirmou que em 1970, trouxe do rio Araguaia cinco jacarés e levou para quartel da PE na rua Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro, para atemorizar os presos políticos.

    ResponderExcluir
  5. Eu acuso todos os que assistiram e os que ministram aulas de torturas comigo e com outros presos.

    Eu acuso a diretora do Presídio Talavera Bruce em Bangu, no Rio de Janeiro, que me deixou durante seis meses, sozinha, isolada, numa cela mínima, insalubre, chamada solitária. Em solitárias semelhantes estavam, naquele mesmo período, as presas políticas Estrela e Jessie Jane.

    EU ACUSO os ex presidentes da República Humberto Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Batista Figueiredo. A despeito das divergências entre eles e das diferentes conjunturas em que chefiaram o país, todos, sem exceção, foram responsáveis e coniventes com a tortura.
    Finalmente, eu acuso o regime ditatorial implantado no Brasil em 1964, que fez da tortura, uma política de Estado.”


    ResponderExcluir
  6. Entre muitos e muitos depoimentos enviados através de email quero destacar o depoimento do Padre Juliano Ribeiro Almeida.
    “Sinto-me honrado em conhecer pessoalmente alguém como Fraga Junior, registro vivo de um dos períodos mais nefastos deste país. Homenageio o Sr. Valdir, a ministra Dilma, o presidente Lula e todos quantos expuseram suas vidas no risco por defenderem a justiça, a democracia e a liberdade de expressão. Como cristão que sou, vejo na vida desses irmãos o sentido mais bonito que Jesus de Nazaré quis dar ao seu Sermão da Montanha: “bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mateus, capítulo 5). Parabéns a Valdir Fraga e parabéns também aos professores pela iniciativa da homenagem!
    06/01/2010 às 23:30:00

    ResponderExcluir

Se o seu comentário for ofensas será eliminado na hora pela equipe de moderação.